quarta-feira, 26 de março de 2008

Era um garoto que, como eu, amava mais os Rolling Stones que os Beatles

Desde criança, o som do rock and roll ecoa nos alto-falantes da minha vida. Lembro-me de ouvir um som e sair correndo perguntar para o meu pai o nome da banda... ficava me deliciando com a capa do lp nas mãos, aqueles vinis grossos de som poderoso...
Um belo dia, por volta dos meus 6 ou 7 anos, ouvi uma música que me chamou a atenção, chamada “Mother’s Little Helper” de um LP intitulado Aftermath... aquela guitarrinha martelava minha cabeça e não conseguia parar de ouvi-la...
Minha infância foi marcada por várias descobertas musicais, oriundas dos discos do meu amado pai e do meu tio, mas os Stones foram um marco!
Como um efeito dominó, os Stones foram fazendo parte da minha cultura musical, até mesmo quando descobri minha paixão pelo Blues, no inicio do anos 90 após assistir ao filme “A Encruzilhada”. Me apaixonei imediatamente pelo som de Robert Johnson e comecei a tocar violão apoiado pelo meu bottleneck improvisado com um vidro de remédios.
Foi então que ouvi Love in Vain, regravada pelos Rolling Stones (que foi batizado graças à uma música de Muddy Waters – o pai do blues elétrico) e entendi porque o blues se tornara a minha nova paixão...
Na adolescência, minhas professoras de colégio me incentivaram a escrever sobre as minhas idéias e essas, foram se tornando aquilo que eu queria ser – um cronista musical. A caminho da faculdade, a torcida na cidadezinha do interior do Paraná era para me ver jornalista, mas acabei optando pela publicidade.
Devido a questões financeiras e intelectuais, não pude ver os shows dos Rolling Stones no Brasil (no primeiro, tinha o ingresso – presente de meu irmão – mas não tinha dinheiro para a viagem a SP; no segundo, tinha uma prova importante na faculdade), mas minha profissão de publicitário e as mãos de Deus, brilharam uma luz sobre mim...
Tive a oportunidade de planejar o lançamento do espetacular filme feito por Martin Scorsese para os cinemas…
Ao ouvir do cliente o título em que trabalharia, meus olhos brilharam e agarrei-o como meu filho pródigo para fazer o melhor possível, era uma questão de realização pessoal.
Lotamos as 3 salas de pré-estréia, fizemos eventos comemorativos e como a canção As Tears Go By, as lágrimas continuam saindo involuntariamente de emoção pela realização desse sonho.
Queria muito que minha família e amigos de infância estivessem ali comigo na sala de cinema, vendo essa obra-prima que é Shine a Light, mas como a distância é a pior coisa que nos separa, estive muito bem acompanhado pela mulher que amo e pelas mãos de Deus, me agraciando! “May the good Lord shine a light on you”.

Wagner Gomes, 30 anos, é publicitário e louco por rock and roll e propaganda. Agradece a Deus pelo sonho realizado e aos amigos Julio Sant’Anna, Boizão, Ubaldo, Evandro, entre outros tantos, por acreditarem que um dia ele conseguiria fazer algo para conciliar profissão e realização.

“Vamos trabalhar que a vida não é só festa. Ainda bem que o meu trabalho é uma festa !” waggom.

terça-feira, 4 de março de 2008

Jeff Healey Band - Platinum And Gold Collection (2004)

MORRE O GUITARRISTA CANADENSE JEFF HEALEY
O guitarrista canadense Jeff Healey, que tocava a guitarra deitada sobre os joelhos, faleceu no domingo (2), vítima de câncer, às vésperas do lançamento de seu novo álbum.
Healey, 41 anos, morreu em um hospital de Toronto vítima de um tipo de câncer pouco comum, retino-blastoma, que combatia desde o nascimento e que tirou sua visão quando tinha um ano.
"Jeff era um músico fascinante de se assistir, porque tocava a guitarra fora dos parâmetros convencionais, colocando-a encostada sobre seu colo", disse seu empresário Richard Flohil ao canal CTV. "Porém, era um músico virtuoso."
O álbum "See the light" da Jeff Healey Band, indicado ao Grammy em 1988, vendeu mais de um milhão de cópias nos Estados Unidos.
Healey tocou ao lado de lendas do blues como B.B. King e Stevie Ray Vaughan. Além disso, gravou com George Harrison, Mark Knopfler e Jimmy Rogers, entre outros.
Descanse em paz ao lado de outros que já se foram (Jimi Hendrix, George Harrison, Randy Rhoads, Stevie Ray Vaughn, etc.)
Com este CD homenageamos o grande guitarrista.